segunda-feira, 13 de agosto de 2012
terceira coletiva
sexta-feira, 15 de junho de 2012
marlene almeida, tempo para o destino
domingo, 10 de junho de 2012
márcio sampaio, poesia além do verso
em continuidade às exposições de artistas selecionados no prêmio energisa de artes visuais, a fundação ormeo junqueira botelho apresenta a mostra poesia além do verso, do artista mineiro márcio sampaio, na usina cultural energisa, de 26 de abril a 5 de junho de 2012. abaixo segue o texto de apresentação da mostra pelo escritor bartolomeu campos de queiróz.
o artista, ao se ausentar e nos deixar sua obra como herança maior, inaugura em nós um horizonte solitário que somente com o nosso próprio olhar podemos desobscurecer. mas o olhar acaricia a casca. o dentro das “coisas” só a fantasia alcança. daí, ser a sua obra um convite para um profundo mergulho em nosso inesgotável imaginário.ao derramar cor, sombra, luz e proporção sobre suas construções, márcio sampaio se torna responsável pelo que provoca em nós de inquietações e surpreendências.
o que existe de humor, ironia, crítica ou subversão em seus escritos surge vestido de elaboradas técnicas, de refinada percepção, que confirmam a força da arte como elemento capaz de nos mobilizar usando das incertezas da dúvida. suas metáforas nos desequilibram e nos convidam a exercer a cruel liberdade de ter que escolher entre “ou isso ou aquilo”, entre o riso e o espanto.
a obra de márcio sampaio é propícia a todos. sem ter apenas os iniciados como destinatários, ela se faz um livro aberto com uma escritura que permite vários níveis de entendimentos. sua produção é um exercício democrático e cumpre definitiva função social ao aproximar os fruidores e concorrer para que todos desejem dar corpo às fantasias que dormem na intimidade de cada um de nós.
estar diante da obra de márcio sampaio é como percorrer uma livraria. lugar em que grande parte do mundo, com suas incoerências e acertos, se encontra à disposição de todos. de todos aqueles que sabem que expressar as emoções que moram no nosso corpo é revelar dores e riscos, mas perseguindo sempre o desejo de deparar com a beleza. só ela é capaz de apaziguar o desassossego do humano que pulsa em nós."
márcio sampaio
santa maria de itabira, minas gerais, 1941. vive e trabalha
http://www.crap-mg.art.br
sampaiomarcio@yahoo.com.br
domingo, 4 de março de 2012
a segunda coletiva
a fundação ormeo junqueira botelho retoma sua programação de exibir artistas selecionados no prêmio energisa de artes visuais – inaugurado na galeria de arte da usina cultural energisa em setembro de 2011, com a exposição, divortium aquarum, do artista plástico convidado, josé rufino – com obras de aoleo (rj), chico dantas e julio leite (pb).
até dezembro de 2012 o prêmio energisa prosseguirá com mais três exposições individuais (dois artistas paraibanos convidados, marlene almeida e sérgio lucena, e um premiado, márcio sampaio) e três coletivas, que incluirão nove artistas premiados. a comissão de curadores brasileiros – fernando cocchiarale, glória ferreira e raul córdula – responsável pela seleção/premiação dos 450 inscritos nesta edição do prêmio energisa de artes visuais, levou em conta propostas que apresentassem processos investigativos, atitude reflexiva diante da produção artística contemporânea e adequação entre conceito e linguagem utilizados, dentre outros critérios.
nesta segunda coletiva, o artista paraibano, chico dantas propõe a obra, terceiros, que consiste em um vídeo criado a partir de imagens captadas na internet e re-editadas, que mostram políticos envolvidos em cenas de corrupção, delinquentes capturados pela polícia e imagens do abate de um porco gravadas pelo autor, além de 30 fotomontagens digitais, que simulam documentos de identidade dos indivíduos, frames do vídeo e da imagem de um rótulo de embalagem para ração animal.
aoleo, artista natural do rio de janeiro, exibe obras que são resultado de uma pesquisa fotográfica, exercícios de reflexão, produzidas no período de residência em terrauna – bolsa interações florestais/funarte – entre março e abril de
já o artista, julio leite, também paraibano, nos apresenta sua sala de reforma. segundo o artista, “trata-se de uma simulação, usando o conceito de simulacro de jean baudrilard, em que utilizo elementos da construção civil para envolver um ambiente com tal aspecto.” a instalação é composta de fotografias de tijolos e pregos, além de restos e entulhos de construção (madeira, concreto, cimento, areia etc.) e um híbrido sonoro com “barulhos” de marretadas, marteladas, furadeiras, britadeiras... que são utilizados para “formatar” o ambiente da simulação.
mais uma vez, convidamos o público a “entrar” nas obras destes três artistas, que exibem num mesmo ambiente – a galeria da usina cultural energisa –, riquíssima interação entre diferentes linguagens e propostas, objetivo maior do prêmio energisa de artes visuais.
obs. uma conversa dos artistas expositores com o público interessado (estudiosos, estudantes, e professores de artes visuais, por exemplo) sobre processos criativos está prevista para acontecer, a partir de 15h, na sala vladimir carvalho da usina cultural energisa em 7 de março, véspera da abertura da coletiva, que permanecerá em cartaz até 15 de abril.
sábado, 7 de janeiro de 2012
primeira coletiva dos premiados
inaugurado na galeria de arte da usina cultural energisa em setembro de 2011, com a mostra, divortium aquarum, do artista plástico convidado, josé rufino, o prêmio energisa de artes visuais prosseguirá durante todo o ano de 2012 com três exposições individuais (dois artistas convidados e um selecionado/premiado) e quatro coletivas, que incluirá doze artistas selecionados/premiados. a comissão de curadores brasileiros responsável pela seleção/premiação dos inscritos levou em conta propostas que apresentassem processos investigativos, atitude reflexiva diante da produção artística contemporânea e adequação entre conceito e linguagem utilizados, dentre outros critérios.
as mostras individuais tem por objetivo reconhecer e referendar a trajetória de artistas paraibanos, cuja produção alcançou níveis diferenciados de excelência perante as instituições e o mercado de arte. por sua vez, as mostras coletivas (com artistas oriundos de várias cidades do país) visam estabelecer uma aproximação entre artistas que vivem e produzem em diferentes contextos da arte brasileira, assim como revelar a multiplicidade e complexidade da cena contemporânea de artes visuais.
a primeira dessas coletivas, que será aberta no próximo 19 de janeiro, terá a participação dos artistas, braz marinho (pb), amanda mei (sp) e laércio redondo (rj).
natural de sousa (pb), braz marinho vive e trabalha em jaboatão dos guararapes (pe), e seu trabalho já foi exibido em importantes instituições brasileiras e estrangeiras. a proposta por ele apresentada - tô dentro, tô fora - consiste em uma transmissão, realizada em tempo real, de imagens da av. epitácio pessoa, captadas por uma câmera escondida (estrategicamente instalada na fachada externa da usina cultural energisa) e projetadas no interior da galeria, como se inexistissem paredes separando este espaço do fluxo contínuo da avenida. ao transportar para o espaço expositivo interno assuntos ou fatos do espaço exterior (no caso, a av. epitácio pessoa), assim estabelecendo uma conexão entre o universo da arte e a realidade dos fatos, a ideia do artista é explorar as relações intrínsecas entre público e privado, individual e coletivo.
nascida
o paranaense, de paranavaí, laércio redondo, vive e trabalha entre estocolmo e rio de janeiro. cursou artes plásticas na fundação armando álvares penteado e realizou pós-graduação na konstfack, estocolmo, suécia. intitulado, carmen miranda – uma ópera da imagem, o projeto de laércio utiliza-se da imagem de carmen miranda: cantora luso-brasileira, atriz da broadway e de hollywood, estrela de cinema atuante entre os anos 1930-50. desenvolvido em colaboração com márcia sá cavalcante schuback, o projeto resultou em uma escultura sonora, que aborda principalmente os problemas da representação por meio do corpo performático de carmen miranda, um organismo público, que também se torna político, marcado por controvérsias entre brasil e estados unidos na década de
uma conversa dos artistas expositores com o público interessado (estudiosos, estudantes, e professores de artes visuais, por exemplo) sobre processos criativos está prevista para acontecer, a partir de 15h, na sala vladimir carvalho da usina cultural energisa em 18 de janeiro, véspera da abertura da coletiva, que permanecerá em cartaz até 26 de fevereiro.